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  • Foto do escritorDra. Ana Beatris Saldanha Ramos

O I CHING – O Clássico das Mutações - 易經

Na cultura da Humanidade sempre houve lugar para o místico, o mágico e o divinatório. Essa fascinação pelo desconhecido que nos guia e nos da conselhos sempre existiu na sociedade.


Todos os seres que têm consciência de sua conexão com a divindade e utilizam essa conexão para orientar seus semelhantes com relação ao que já aconteceu, está acontecendo, ou vai acontecer, acabam por descobrir que podem prescindir dos rituais e dos objetos, já que a atividade oracular é apenas um subproduto da conexão com o mundo invisível.


ORÁCULO significa palavra proferida, resposta divinatória a uma questão proferida.


O mais antigo método de adivinhação da humanidade foi a leitura de ossos de animais, que aquecidos no fogo apresentavam rachaduras e imagens que eram interpretados à luz da época.


Há 5.000 anos surgia FuXi () o Imperador Branco, o primeiro imperador que trouxe a idéia de civilização, da agricultura, do preparo dos alimentos. A ele também é creditado o desenvolvimento do I Ching. Ele governava por meio da adivinhação através do uso de varinhas de cerefólio, desenvolvendo a idéia dos trigramas e hexagramas.


Entre 3000 e 2000 a. C., os 64 hexagramas foram compilados em forma de livro na época, um “livro” era um feixe de tábuas de bambu amarrados pela extremidade, já que o papel só surgiria na China durante o século 2.


O I CHING, o livro das MUTAÇÕES é tanto um Oráculo como um livro de SABEDORIA.


O sistema binário do I Ching consta de um traço inteiro ( _____ Yang) e um traço interrompido ( __ __ Yin) encerrando o mesmo conceito da atual ciência digital: 0, 1, 0 0, 1 1 linguagem da qual todas as informações são originárias até hoje na matemática ocidental. Pode ser só coincidência matemática – assim como as complicadíssimas semelhanças entre os 64 hexagramas e as 64 possíveis combinações de proteínas do código genético.



No século 18 o psicanalista Carl Jung usava o I Ching nas suas sessões.


Na física quântica: “As leis naturais não são forças externas às coisas, mas representam a harmonia e o movimento inerente às próprias coisas”. Note bem: essa frase não saiu de um livro de física. É um trecho do I Ching.


O significado dos trigramas é relativamente simples: cada um representa, ao mesmo tempo, uma característica da natureza e um traço da psique humana:

CÉU = CRIATIVIDADE

TERRA = ABRIGO

TROVÃO = AGITAÇÃO

ÁGUA = MELANCOLIA

MONTANHA = CONSTÂNCIA

VENTO = FLEXIBILIDADE

FOGO = ILUMINAÇÃO

LAGO = SERENIDADE


A filosofia chinesa encarava o Universo como uma massa de energia em constante transformação e os 64 símbolos seriam retratos de padrões cósmicos que se repetem e se alternam constantemente. Esses padrões ou estágios de metamorfose ocorrem tanto na mente humana e nas relações sociais quanto nos fenômenos da natureza, ou seja, abarcam tudo, desde os problemas domésticos de um camponês até o movimento das galáxias. Daí o primeiro nome do livro, que na época era apenas I , “Mutações ” .


COMO JOGAR O ICHING:

Os chineses os interpretam como um conselho do Universo em relação a determinado problema. A questão é que o Universo, aparentemente, tem um certo gosto por falar em enigmas. Interpretá-los e desvendá-los é tarefa sua. Boa sorte.


A pergunta correta contem a intenção e a forma. Auxilia o homem na busca de sua verdade, na busca de si mesmo já que é dentro de si que encontra a resposta.


Ficou interessado em perguntar ao I Ching? Quer saber mais? Comente aqui.

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